São Vicente é um município da Microrregião de Santos, na Região Metropolitana da Baixada Santista, no estado de São Paulo, no Brasil. A sua população estimada pelo IBGE para 1° de Julho de 2014, era de 353 040 habitantes. A sua área é de 148,424 km², o que resulta numa densidade demográfica de 2 378,59 habitantes por quilômetro quadrado.
Foi a primeira vila fundada pelos portugueses na América, em 1532. Nesse mesmo ano, a 22 de agosto, ocorreu a primeira eleição da América, em que foram escolhidos os primeiros oficiais da Câmara, atualmente equivalente ao cargo de vereador. Hoje, a cidade, situada na metade ocidental da Ilha de São Vicente, que compartilha com Santos, baseia a sua economia no comércio e turismo.
Parte do município se estende pelo continente, em duas porções distintas: o bairro de Japuí, ligado à cidade por uma ponte construída em 1914 pelo engenheiro Saturnino de Brito no caminho que ruma à Praia Grande, e ao distrito de Samaritá, que inclui também os bairros do Jardim Humaitá, Parque Continental, Parque das Bandeiras, Jardim Rio Branco, Samaritá, Vila Ema e o Quarentenário, situados ao longo da rodovia Padre Manuel da Nóbrega, entre Cubatão, Praia Grande e os contrafortes da Serra do Mar.
Geografia
Praias
Sem dúvida o grande atrativo da cidade para os visitantes são as praias. A cidade possui cinco praias:
Praia do Itararé
Praia dos Milionários
Praia de São Vicente (mais conhecida como praia do Gonzaguinha)
Praia de Paranapuã
Praia de Itaquitanduva
Hidrografia
Entre os acidentes físicos hidrográficos destacam-se no município: a Baía de São Vicente; a Baía de Santos; o Mar Pequeno; os rios: Bugres, Piassubuçú, Branco, Cacheta, Emídio, Cruz, Cobras, Cubatão, Cubatão de Baixo, Cubatão de Cima, Pilões, Branco de Cima, Acarau de Baixo, Acarau de Cima, Tapuá, Santana, Guaramar e Pompeba; os córregos: Divisa e Mãe Maria, o Ribeirão Cagecas, a Cachoeira de Itu e o Canal Barreiros.
Vias de Ligação
A região da Baixada Santista é ligada à Grande São Paulo por rodovia através do Sistema Anchieta – Imigrantes. A Rodovia dos Imigrantes atinge o Município, cruzando a área da ilha urbana e seguindo em direção à Praia Grande pela transposição do Canal dos Barreiros através da Ponte do Mar Pequeno. Em direção ao Litoral Sul, partindo da Rodovia dos Imigrantes, tem-se a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que corta toda a porção Continental do Município entre Serra do Mar e a planície de Samaritá. O Município é cortado de leste a oeste na ilha e na parte continental pelas linhas da América Latina Logística – ALL (antiga malha da Ferrovia Paulista – FEPASA), que em direção a oeste, interliga São Vicente com Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe; em direção a leste com Santos e em direção ao norte, chega ao Planalto Paulistano, ao sul da Grande São Paulo, em Embu-Guaçu.
Rodovias
SP-55 – Rodovia Padre Manoel da Nóbrega
SP-160 – Rodovia dos Imigrantes
Demografia
O Território do Município de São Vicente integra a complexa planície sedimentar da Baixada Santista, formada pelas planícies de Praia Grande e Bertioga. Estas planícies apresentam morros isolados na ilha de São Vicente (Santos/São Vicente) e de Santo Amaro (Guarujá), sendo delimitada pela linha de costa, e em sua porção interior, pelas cristas da escarpa da Serra do Mar.
Pontos turísticos
Praça 22 de Janeiro
O local antigamente conhecido como Largo da Fonte passou a ser chamado por Largo Treze de Maio com a abolição da escravatura em 1888 e, a partir de 1918, passou a ser como uma praça que leva a data da fundação da vila em sua denominação. Nela, podem ser vistos o Relógio do Sol, e as estátuas de Benedito Calixto e do Soldado Pérsio de Queiroz Filho.
Praça João Pessoa
O local antigamente denominado por Largo Santo Antônio abrigava a Casa da Câmara e a Cadeia, foi construído em 1729 e em 1925 foi demolido. Atualmente, abriga o Mercado Municipal de São Vicente, inaugurado em 1929, onde era o centro de abastecimento local. Hoje, abriga algumas lojas em prédio histórico e a atual Igreja Matriz de São Vicente, que teve a sua primeira construção próxima à praia concluída em 1532 e destruída por maremoto dez anos depois, reconstruída pelo povo já na praça, em 1559, e atacada pelos piratas Thomas Cavendish em 1590 e Joris Van Spilbergen em 1615. A terceira reconstrução ocorreu em 1757 a partir das bases da segunda e permanece até hoje, tendo sofrido incêndio no ano de 2000 que revelou algumas características da antiga igreja que passam por restauração até a atualidade.
Biquinha
No início da colonização brasileira, o Padre José de Anchieta contribuiu na catequização dos índios e na harmonização do povoado através do colégio vicentino e ministrou suas aulas de catecismo junto à denominada Bica da Fonte do Povoado que, atualmente, é fonte histórica denominada afetivamente como “Biquinha“.
Ponte Pênsil
A Ponte Pênsil foi construída em 1914 e projetada pelo Engenheiro Saturnino de Brito que, na época, fez aplicação de tecnologia alemã de escoamento de esgoto para a Ponte de Itaipu, e hoje liga a ilha de São Vicente ao continente para o acesso ao município de Praia Grande e é também uma das principais atrações turísticas da cidade pela sua beleza.
Praça Kotoku Iha
Desde 1998, a localidade conhecida pelos pescadores passou a abrigar um recanto japonês, simbolizando a união da cidade de São Vicente com a de Naha, situada na Província de Okinawa, no Japão, abrigando a construção de um portal e a pedra da sorte à denominada Rua Japão.
Casa Martim Afonso
Em 1895 foi erguido um casarão por Rafael Tobias de Aguiar, conhecido como o II Barão de Piracicaba, que possui nos fundos a mais antiga construção de alvenaria do Brasil, datada da primeira década do século XVI, construída por Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananéia, que passou a ser denominada Martim Afonso de Sousa em 1932.
Marco Padrão
Em memória à colônia portuguesa, surgiu à região o Marco Padrão, construído em 1932 sobre uma pequena ilha denominada Pedra do Mato, que apresenta escudos representativos de Portugal Quinhentista, Ordem de Cristo, atual pátria brasileira e de Martim Afonso de Sousa. Ao atravessar a plataforma de pesca e lazer e apreciar-se a vista de toda a Baía de São Vicente, chega-se ao acesso para a Ponte Pênsil.
Parque da Prainha
Em 22 de janeiro de 1502 o navegador Gaspar Lemos, comandado pelo Bacharel Cosme Fernandes, junto a um grupo de degredados construiu o Porto das Naus, localizado na área continental e batizou a ilha do lado oposto como “Ilha de São Vicente”. Funcionou como estaleiro e comércio. Em 1532, Martim Afonso o transformou como trapiche alfandegário. Já em 1580 abrigou um engenho de cana de açúcar por Jerônimo Leitão. Já Pero Correa incluiu a Capela de Nossa Senhora das Naus. As instalações foram posteriormente destruídas em um ataque corsário holandês de 1615 por Joris Van Spilbergen.
Morro do Voturuá
Local explorado para a prática do voo livre, tem seu acesso a partir do Morro José Menino na divisa com Santos e permite a visão dessas cidades, além de Guarujá, Praia Grande e até Cubatão.
Ilha Porchat
Local frequentado para diversão noturna e altamente explorado em época de veraneio, abriga o Monumento dos 500 Anos do Brasil, projetado por Oscar Niemeyer e localizado no pico da ilha, de onde é possível se obter uma ótima vista da cidade.
Casa do Barão
Casarão térreo com reserva ecológica de 6.500m2 construído em 1925 com tijolos, cobertura em telhas francesas, porão e uma grande varanda apoiada em colunas duplas. Serviu de residência ao Barão Kurt Von Pritzelwitz, gerente da firma exportadora de café Theodor Wille & Cia. Em 1946, o imóvel passou a sediar o Instituto São Vicente, e em 1972 o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, que expõe seu acervo aos visitantes. O casarão conta também com a Biblioteca Municipal em suas dependências. Foi tombado como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT em 1988.
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